STF tenta intimar Bolsonaro e mais 2 no caso de suposta trama golpista | aRede
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STF tenta intimar Bolsonaro e mais 2 no caso de suposta trama golpista

Além do ex-presidente, oficiais de Justiça tentam intimar dois réus de suposta trama golpista sobre ação penal aberta no Supremo

Oficiais de Justiça tentam intimar Jair Bolsonaro
Oficiais de Justiça tentam intimar Jair Bolsonaro -

Lucas Ribeiro

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Oficiais de Justiça localizaram, até o momento, cinco dos oito réus do Núcleo 1 da suposta trama golpista após a ação penal ser instaurada no sistema do Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia foi acolhida pela Primeira Turma da Corte, que tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados. Todos os acusados precisam ser intimados pessoalmente para que tenham ciência formal da ação penal e possam apresentar defesa.

CRIMES IMPUTADOS - Organização criminosa armada;

- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

- Golpe de Estado;

- Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima;

- Deterioração de patrimônio tombado.

Segundo o sistema do STF, já foram localizados Mauro Cid, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira. As intimações foram cumpridas entre os dias 11 e 12 de abril, em endereços vinculados aos investigados.

Bolsonaro, no entanto, ainda não foi intimado. À época, ele estava em Natal (RN), onde acabou sendo hospitalizado após passar mal e, agora, está internado na UTI de uma unidade de saúde particular de Brasília.

A intimação presencial é uma exigência do Código de Processo Penal na fase inicial da ação. Somente após a citação pessoal começa a contar o prazo de cinco dias para que os réus apresentem defesa prévia e indiquem até oito testemunhas por crime imputado — no caso de Bolsonaro e aliados, até 40 testemunhas, considerando os cinco crimes listados na denúncia.

Além de Bolsonaro, não foram encontrados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o general Braga Netto, que está preso no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro.

PRÓXIMOS PASSOS - Caso a Justiça não consiga localizar os réus após tentativas sucessivas, será realizada a citação por edital, publicada no Diário de Justiça Eletrônico. O processo não chega a ser interrompido por ausência de intimação, mas é uma etapa para que possa ser garantido o direito de defesa.

Todos os réus soltos são obrigados a manter seus endereços atualizados. Bolsonaro, por exemplo, está com o passaporte apreendido e impedido de sair do país, mas pode mudar de residência dentro ou fora do Distrito Federal, desde que informe à Justiça.

Após a conclusão dessa etapa de intimações, terá início a fase de instrução e julgamento. Nela, os réus poderão apresentar alegações, arrolar testemunhas e serão ouvidos diretamente pelos ministros da Primeira Turma do STF.

VEJA QUEM SÃO OS RÉUS - Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;

- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;

- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;

- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e

- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Com informações: Metrópoles.

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