Digital Agro apresenta soluções para melhoria na produtividade

O  Digital Agro, um dos principais eventos do setor de tecnologia no agronegócio no país, segue até esta quinta-feira (14), no município de Carambeí, na região dos Campos Gerais. É uma feira técnica que reúne 30 empresas ligadas ao agronegócio e inovação, onde os produtores rurais, acadêmicos e profissionais da área têm contato com as últimas novidades tecnológicas, as quais têm, em sua maior parte, um principal objetivo: otimizar a produtividade. Realizada pela Frísia Cooperativa Agroindustrial, com a organização técnica da Fundação ABC, o evento ocorre no Pavilhão de Exposições Frísia, em anexo ao Parque Histórico. A entrada é gratuita.

“Trazer uma feira para cá, para perto do produtor rural, fugindo dos grandes centros, é bacana, porque as empresas falam diretamente com o produtor rural. E a tecnologia digital para o agronegócio é uma revolução que cresce cada vez mais, para se produzir mais na mesma área e de forma mais competitiva. E é uma forma do produtor comparar as inovações, de como as empresas estão pensando e como isso vai refletir no dia a dia dele”, revela Luciano Tonon, coordenador de comunicação e marketing da Cooperativa Frísia. 

Há empresas expositoras de diversos setores, com soluções, aplicativos, softwares, para inúmeras áreas, da agricultura, pecuária e silvicultura. Além das tecnologias para a otimização e ganhar em escala de produção, há o destaque para gestão, com inovações voltadas para isso. “A feira é um catalizador de tudo isso, reunindo indústrias, fábricas, direto com o produtor. Estamos com grandes multinacionais que atuam no país, e isso é muito bacana, porque, muitas vezes a sociedade não tem noção do tamanho que é o agro e de que forma a empresa pensa”, completa. Ele lembra que a feira já tem conotação nacional, com estrutura que não deve em nada em relação a feiras internacionais. 

O Instituto de Pesquisas Eldorado, por exemplo, veio de Campinas (SP) para apresentar novidades, entre elas, duas tecnologias desenvolvidas, um carro autônomo e um drone. “É possível inserir a planta baixa (coordenadas) e eles desviam obstáculos. No local indicado, eles param e tomam alguma ação, como a coleta de solo ou a aplicação de determinado produto. A utilização é bastante ampla. Com o Drone, por exemplo é possível, procurar um boi”, revela o representante Peter Pennings.

A Adama Agricultural Solutions, multinacional sediada em Israel, que fabrica produtos químicos, estava revelando algumas tecnologias, como aplicativos. Entre eles o Adama Alvo, que auxilia o produtor a identificar os principais problemas nos cultivos, como milho, soja e trigo, mostrando as principais pragas e doenças. A partir dele, o produtor pode comprarar, através de imagens, qual daquelas doenças está atingindo o seu cultivo. “É um aplicativo gratuito, o mais baixado do país nessa área, e que indica o que o produtor deve fazer e quais produtos deve usar”, lembra Jonathan Valle, representante técnico de vendas.

Palestras abordam a Agricultura 4.0 e o futuro do agro

No pavilhão de palestras, o primeiro painel tem início às 9h. As atividades têm início com os debates relacionados ao tema “Agricultura 4.0”. A meta é mostrar que a produção digital e a visualização de dados cruzados trazem resultados mais eficientes, com produções maiores. Já o último dos painéis, no período da tarde, aborda o “Agronegócio do Futuro”, o qual revelará que a escassez de recursos e as novas formas de fazer negócios influenciam cada vez mais todo o setor, que precisa se adaptar às novidades. 

Para essas palestras há a necessidade de fazer a inscrição, através do site oficial, o http://www.digitalagro.com.br/. O ingresso custa R$ 200 e dá direito a todas as palestras e debates do dia. Para estudantes, há descontos. Durante esse último dia também haverá a apresentação de startups, a realização de práticas de campo e oficinas.