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Soja tem valorização e amplia renda do produtor

Impactada pela quebra na safra na Argentina, conflito entre EUA e China e valorização do dólar, rentabilidade do produtor será maior

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Fernando Rogala

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O preço de venda da soja disparou nos últimos dias. Se o grão era cotado, ao final de janeiro, em R$ 63, em média, a saca de 60 quilos, na última sexta-feira esse preço médio atingiu R$ 79, em Ponta Grossa. Diversos foram os fatores que impactaram nesse incremento de 25% em cerca de dois meses. Entre eles uma grande quebra na produção da Argentina, uma disputa comercial entre a China e os Estados Unidos, e uma leve valorização do dólar.

Isso favorece aos produtores rurais, explica Luiz Alberto Vantroba, economista do núcleo regional do Departamento de Economia Rural (Deral), sediado em Ponta Grossa. “A elevação nos preços compensou a redução na produtividade, e isso favorece ao produtor rural, já que aumenta a rentabilidade”, resume.

Essa valorização, porém, não era esperada. Como explica Adriano Carneiro, corretor da Safra Sul Agronegócio, empresa especializada em serviços de corretagem de grãos e sementes, havia a perspectiva de uma colheita de 57 milhões de toneladas de soja na Argentina. As condições climáticas, porém, não foram favoráveis, com uma seca que trouxe uma grande quebra. O previsto é menor que 40 milhões. Pode ser que vire para 20 milhões essa diferença”, informa.

Em paralelo, a perspectiva para os Estados Unidos era do maior plantio de soja da história, outro fato que não se confirmou. “Mas está consolidando uma área ainda menor que a da safra anterior”, relata Carneiro. Dessa forma, com menos oferta na Argentina e nos Estados Unidos, a falta de produto, na lei da oferta e procura, faz o preço subir. E outro fator primordial, lembra, é o conflito comercial entre a China e os Estados Unidos, já que a China tradicionalmente é compradora de soja dos Estados Unidos.

Por todos esses fatos, o momento se mostra propício para que os produtores vendam. “Sempre costumamos falar para o pessoal aproveitar o dólar firme e Chicago subindo. Mas o ideal é não colocar os ovos na mesma cesta. Quem tem contas pagas, pode especular, já que apenas corre o risco de deixar de ganhar, e não ter um prejuízo”, conclui o consultor. 

Clima favorece a colheita

De acordo com o economista do Deral, entre 90% e 95% da soja foram colhidos nos Campos Gerais. O clima atual está favorecendo aos produtores, explica Vantroba. “Restam apenas as áreas mais tardias, plantadas até 10 de janeiro. Mas o tempo colaborou enormemente, nas últiams duas semanas foram de tempo bom, favorecendo a qualidade do grão. Se a colheita for úmida tem que passar pelos secadores e isso seria uma despesa a mais”, informa. 

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